<font color=0094E0>Levar a luta até ao voto</font>
Cerca de 1400 dirigentes e delegados sindicais e membros de Comissões de Trabalhadores assinaram o compromisso de apoio à CDU, apresentado na passada segunda-feira.
É tempo de os trabalhadores estarem com quem sempre esteve com eles
Agradecendo o apoio prestado à CDU por cerca de 1400 sindicalistas e membros de Comissões de Trabalhadores, Carlos Carvalhas considerou este um apoio de grande significado por se estar perante «homens e mulheres que têm a confiança dos trabalhadores, que conhecem os seus problemas mas também conhecem o nosso trabalho e as nossas propostas». O dirigente comunista realçou também a validade deste apoio quando se sabe que «não dispomos dos meios que outros têm para fazer campanha». Assim, considera o secretário-geral do PCP, «teremos uma maneira directa de chegar aos trabalhadores».
Para Carvalhas, «dar força à CDU é dar força aos trabalhadores e às suas justas aspirações e reivindicações, como o comprova toda a nossa actuação e intervenção». O dirigente comunista considera ser a altura de os trabalhadores estarem agora, no voto, com quem sempre esteve com eles.
Carlos Carvalhas considera incontestável o facto de os comunistas e seus aliados terem estado com os trabalhadores e o povo: na denúncia dos aumentos, dos ataques aos salários e aos direitos dos trabalhadores e do crescimento do desemprego. Na reclamação de uma nova política «que se preocupe mais com a maioria dos portugueses e menos com os grandes senhores do dinheiro».
«Nestas eleições, os trabalhadores têm uma importante ocasião para castigarem este Governo», afirmou o secretário-geral comunista, lembrando o Código do Trabalho, o congelamento da contratação colectiva, a redução do subsídio de doença e os novos projectos de redução do subsídio de desemprego, medidas que mereceram a luta dos trabalhadores.
«Estivemos com os trabalhadores e o povo nas suas lutas, é preciso agora levar a luta até ao voto na CDU», reafirmou Carlos Carvalhas. «Façamos do voto na CDU no dia 13 de Junho uma grande jornada de luta», concluiu o secretário-geral.
Ligação ao mundo do trabalho
Antes, Ilda Figueiredo tinha já lembrado que durante os cinco anos de mandato, as questões dos direitos de quem trabalha estiveram no centro das atenções dos deputados comunistas. Seja na Comissão de Emprego e Assuntos Sociais no Parlamento Europeu, seja na actividade parlamentar normal, marcada pela «estreita interdependência entre a actividade institucional e as reivindicações laborais».
Segundo a primeira candidata da lista da CDU, foram elaborados relatórios, propostas, intervenções, perguntas à Comissão e ao Conselho, de forma a «dar visibilidade às questões, aos projectos e reivindicações que recolhemos em inúmeras visitas, reuniões e debates que promovemos». A deputada comunista lembrou a constante ligação dos deputados do PCP no Parlamento Europeu à realidade do mundo do trabalho, ligação essa estreitada através da cooperação estabelecida com as organizações sindicais, os comités de empresa, as associações, os movimentos contra a globalização capitalista.
Entre as causas defendidas e as lutas travadas pelos deputados eleitos pela CDU no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo elegeu a defesa de uma Europa social, dos direitos dos trabalhadores, que pugne pela defesa do emprego com direitos, pelos serviços públicos de qualidade, pela diminuição do tempo de trabalho de perda de salários, contra as privatizações, deslocalizações de multinacionais e flexibilidade laboral.
O secretário-geral da CGTP-IN, Carvalho da Silva, não faltou com o seu apoio à CDU. Para o sindicalista, a CDU faz muita falta para acrescentar a «massa crítica» de que a União Europeia carece. Na sala, para além de Odete Santos, estavam ainda diversos candidatos da CDU e muitos dos 1400 subscritores do apoio à coligação.
Carvalhas comenta «bocas» entre PS e PSD
Encobrir semelhanças
Referindo-se à «troca de mimos» entre as candidaturas da coligação governamental e do PS, Carlos Carvalhas considera que estas atitudes podem ser tentativas de «encobrir semelhanças que as duas forças têm em relação às questões europeias». Para o secretário-geral comunista, seria interessante que ambas as candidaturas apresentassem cinco diferenças essenciais sobre questões europeias em vez de falarem de «periquitos, candidatos carecas e sem categoria».
«Não diferenças abstractas, do estilo ser ou não europeísta, mas sim sobre questões concretas, tais como a dita constituição europeia, política agrícola comum, política comum de pescas, Estratégia de Lisboa, questões em que, como todos sabemos, PS e PSD têm votado em conjunto», recorda Carvalhas.
Outra coisa que estes dois partidos não podem esconder é no seu acordo relativamente à submissão da Constituição da República a uma dita constituição europeia, que nem sequer está ainda aprovada. A revisão constitucional, aprovada em vésperas do 25 de Abril, foi cozinhada pelos dois partidos da maioria governamental e pelo PS.
Carvalhas entende que Portugal não pode ser transformado numa mera região da Europa comandada pelos interesses das transnacionais, com uma economia cada vez mais dependente e sub-contratada assente num modelo de baixos salários. Há outra política possível, assegura. Que «assegure o investimento, que alargue o mercado interno, que dinamize a economia».
E não se diga que não há dinheiro, denuncia. Pois para os benefícios fiscais às actividades especulativas e para pagar salários milionários a assessores e gestores hospitalares nunca faltou.
Para Carvalhas, «dar força à CDU é dar força aos trabalhadores e às suas justas aspirações e reivindicações, como o comprova toda a nossa actuação e intervenção». O dirigente comunista considera ser a altura de os trabalhadores estarem agora, no voto, com quem sempre esteve com eles.
Carlos Carvalhas considera incontestável o facto de os comunistas e seus aliados terem estado com os trabalhadores e o povo: na denúncia dos aumentos, dos ataques aos salários e aos direitos dos trabalhadores e do crescimento do desemprego. Na reclamação de uma nova política «que se preocupe mais com a maioria dos portugueses e menos com os grandes senhores do dinheiro».
«Nestas eleições, os trabalhadores têm uma importante ocasião para castigarem este Governo», afirmou o secretário-geral comunista, lembrando o Código do Trabalho, o congelamento da contratação colectiva, a redução do subsídio de doença e os novos projectos de redução do subsídio de desemprego, medidas que mereceram a luta dos trabalhadores.
«Estivemos com os trabalhadores e o povo nas suas lutas, é preciso agora levar a luta até ao voto na CDU», reafirmou Carlos Carvalhas. «Façamos do voto na CDU no dia 13 de Junho uma grande jornada de luta», concluiu o secretário-geral.
Ligação ao mundo do trabalho
Antes, Ilda Figueiredo tinha já lembrado que durante os cinco anos de mandato, as questões dos direitos de quem trabalha estiveram no centro das atenções dos deputados comunistas. Seja na Comissão de Emprego e Assuntos Sociais no Parlamento Europeu, seja na actividade parlamentar normal, marcada pela «estreita interdependência entre a actividade institucional e as reivindicações laborais».
Segundo a primeira candidata da lista da CDU, foram elaborados relatórios, propostas, intervenções, perguntas à Comissão e ao Conselho, de forma a «dar visibilidade às questões, aos projectos e reivindicações que recolhemos em inúmeras visitas, reuniões e debates que promovemos». A deputada comunista lembrou a constante ligação dos deputados do PCP no Parlamento Europeu à realidade do mundo do trabalho, ligação essa estreitada através da cooperação estabelecida com as organizações sindicais, os comités de empresa, as associações, os movimentos contra a globalização capitalista.
Entre as causas defendidas e as lutas travadas pelos deputados eleitos pela CDU no Parlamento Europeu, Ilda Figueiredo elegeu a defesa de uma Europa social, dos direitos dos trabalhadores, que pugne pela defesa do emprego com direitos, pelos serviços públicos de qualidade, pela diminuição do tempo de trabalho de perda de salários, contra as privatizações, deslocalizações de multinacionais e flexibilidade laboral.
O secretário-geral da CGTP-IN, Carvalho da Silva, não faltou com o seu apoio à CDU. Para o sindicalista, a CDU faz muita falta para acrescentar a «massa crítica» de que a União Europeia carece. Na sala, para além de Odete Santos, estavam ainda diversos candidatos da CDU e muitos dos 1400 subscritores do apoio à coligação.
Carvalhas comenta «bocas» entre PS e PSD
Encobrir semelhanças
Referindo-se à «troca de mimos» entre as candidaturas da coligação governamental e do PS, Carlos Carvalhas considera que estas atitudes podem ser tentativas de «encobrir semelhanças que as duas forças têm em relação às questões europeias». Para o secretário-geral comunista, seria interessante que ambas as candidaturas apresentassem cinco diferenças essenciais sobre questões europeias em vez de falarem de «periquitos, candidatos carecas e sem categoria».
«Não diferenças abstractas, do estilo ser ou não europeísta, mas sim sobre questões concretas, tais como a dita constituição europeia, política agrícola comum, política comum de pescas, Estratégia de Lisboa, questões em que, como todos sabemos, PS e PSD têm votado em conjunto», recorda Carvalhas.
Outra coisa que estes dois partidos não podem esconder é no seu acordo relativamente à submissão da Constituição da República a uma dita constituição europeia, que nem sequer está ainda aprovada. A revisão constitucional, aprovada em vésperas do 25 de Abril, foi cozinhada pelos dois partidos da maioria governamental e pelo PS.
Carvalhas entende que Portugal não pode ser transformado numa mera região da Europa comandada pelos interesses das transnacionais, com uma economia cada vez mais dependente e sub-contratada assente num modelo de baixos salários. Há outra política possível, assegura. Que «assegure o investimento, que alargue o mercado interno, que dinamize a economia».
E não se diga que não há dinheiro, denuncia. Pois para os benefícios fiscais às actividades especulativas e para pagar salários milionários a assessores e gestores hospitalares nunca faltou.